Viagem ao centro da viagem

Na semana passada, depois de milanos, voltei a fumar no intervalo do trampo. Como tinha dito na ultima oportunidade, já fazia um tempinho que não experimentava melar o chapão durante o horário de trabalho. Enfim, foi bem tranquilo, como sempre — porém, um tanto mais intenso do que era, quando eu ainda mantinha o hábito. E é bem bom, diga-se de passagem…

por S. M. Hermes

“Aproveito bem o tempo de espera. Ouço falar de empregos e chefes imbecis que nunca terei, sobre partes do mundo que nunca verei, sobre doenças que espero jamais ter, sobre diferentes raças de cachorro que as pessoas tiveram e assim por diante. Através de um computador? Não. Faço isso através da arte perdida da conversa.” – Kurt Vonnegut, em Timequake (1996).

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Adotamos um cachorro, um bebê cachorro na verdade. Elton é o nome da figura. Tínhamos combinado de buscar ele no último domingo, dia 13. Na sexta, quando ia pra praia com minha excelentíssima, seu primo e seu fiel escudeiro — no caso outro brother, ambos israelenses — a Miraci, que é quem tava cuidando do Elton, nos ligou. “O Elton morreu” – disse ela. Na real, o nome dele não era Elton ainda. Mesmo assim, nosso novo e já amado bebê cachorro tinha caído fora tão depressa pra uma outra. Triste isso, bem louco.

No mínimo muito bizarro, mas enfim, morrer é intrínseco à vida. Como o Elton tinha mais dois irmãos, um que já havia sido adotado e outra que não, também havia a possibilidade de adotar a fêmea. Passado o final de semana na praia, mais precisamente na segunda-feira, a Miraci nos ligou dando as boas novas: Elton havia ressuscitado! Isso mesmo, também ficamos de cabelo em pé. No fim das contas, resumindo, ou em suma, terça-feira fomos buscar o Elton na casa da Miraci, então temos um animalzinho vivendo conosco e sparking joy por tudo. Muito louco isso também!

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Final do ano passado, no amigo secreto do trampo, ganhei o Viagem ao Centro da Terra (1886), do Jules Verne. Terminei de ler ele agora na virada, que passamos no Uruguai. Gostei bastante do livro — altas aventuras, alta viagem, bem louca mesmo. Fiquei muito na pilha de dar o mesmo rolê que o professor mineralista Otto Lidenbrock, seu sobrinho Axel e o guia Hans deram. Mas, vai ficar pra próxima, porque nessa vez vamos pra praia do Mariscal, em Santa Catarina, que parece ser bem topzeira. Amém!

Ah, ganhei Planeta dos Macacos (198?), do Pierre Boulle, de presente de Natal da minha mãe. Devo ter lido um terço dele até então, e já diria que, mesmo filme de 1968 ser bem bom, o livro sempre é melhor — alguém ainda duvida disso, ou atualmente já é um fato constatado?! Tá, boto fé que deve ter um (ou dois) filmes que são melhor que o livro.


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