O Agronegócio da Maconha no Canadá!

Passamos a vida defendendo a legalização da maconha e elogiando as iniciativas pioneiras, mas raramente paramos para debater o modelo de legalização que queremos. No Canadá, país sempre elogiado por ter uma política de drogas progressista, o governo optou pelo perigoso caminho de grandes e poucos produtores de maconha controlando o mercado.

No modelo atual, cerca de 4200 pequenos produtores garantem a oferta de maconha medicinal para os cerca de 37.400 pacientes registrados pelo Ministério da Saúde. A meta é acabar com esse modelo e regulamentar as grandes lavouras, além de aumentar o número de pacientes para 450 mil, gerando uma faturamento de 1,3 bilhão de dólares canadenses (R$ 2,8 bilhões) em até dez anos.

“Estamos confiantes quanto à formação de uma saudável indústria – disse Sophie Galarneau, do alto escalão do Ministério da Saúde canadense. – Esperamos que o livre mercado puxe os preços para baixo. O valor mais baixo deve ficar em torno de 3 dólares/grama (R$ 6,44),” declarou Sophie Galarneau, do Ministério da Saúde canadense.

Até o momento 156 empresas entraram com um pedido de licença para plantar maconha em grandes quantidade e duas já receberam a autorização do governo. Uma delas é criticada por ativistas canábicos por produzir maconha de má qualidade, infectada por bactérias e contaminada por metais.

Não se trata apenas de ser contra o agronegócio da maconha. O principal problema deste modelo canadense está no impedimento ao pequeno cultivo para venda. Como ocorre com a maioria dos produtos agrícolas é na pequena produção que encontramos uma qualidade superior, livre dos pesticidas e de todo tipo de porcaria encontrada na grande plantação.

Diante dos fatos será que algum leitor sentiu o cheiro de lobby de grandes empresários de olho nas cifras da maconha?


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