Legalização da maconha não facilitou o acesso para adolescentes

Defensores da proibição gostam de assustar a opinião pública dizendo que a legalização vai provocar uma explosão do consumo de maconha, gerando uma “multidão de viciados sem controle”. Disseminam uma teoria de apavoramento, que na prática não se comprovou nos locais que já legalizaram, como o estado norte-americano de Washington. 

O estudo, liderado por Andrew Adesman, do Centro Médico Infantil Cohen, revelou que a legalização da maconha em Washington não aumentou a facilidade dos adolescentes para ter acesso à droga. Os resultados apontam que, em 2010, 55% dos adolescentes achavam “fácil” conseguir maconha. Em 2014, o número caiu para 54%. 

“É tão surpreendente como reconfortante saber que os adolescentes não estão percebendo a maconha como uma substância mais acessível depois que seu uso recreativo foi legalizado para adultos”, afirmou Adesman. 

A pesquisa também levantou dados sobre o acesso a outras drogas lícitas e ilícitas. os jovens que achavam difícil ter acesso a álcool eram 43% do total em 2010 e 47% em 2014. No caso do cigarro, os que consideravam o acesso difícil eram 42% em 2010 e 53% em 2014. Para a cocaína, LSD e anfetaminas, o acesso foi considerado difícil para 75% dos adolescentes em 2010 e 82% em 2014. 

Quem tiver a oportunidade de comprar maconha na legalidade e tiver aparência jovem certamente vai precisar apresentar algum documento de identificação. Na ilegalidade basta apresentar o dinheiro. 

E ainda tem gente que insiste em dizer que proibição serve para “proteger a juventude”.


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